Quem leu os posts anteriores do blog, especificamente os da Hali, sabe que esta semana a comédia-musical Glee não se limitou a homenagear ou parodiar celebridades do mundo da música, mas incursou-se naquele que é o mais cultuado musical de todos os tempos: ROCKY HORROR PICTURE SHOW. (Eu veria qualquer coisa de Rocky Horror mesmo que fosse em “Hannah Montana” mas ontem esperei antecipadamente pelo episódio de Glee!)
Para quem nunca viu esta pérola, “Rocky” é uma adaptação de um musical, influenciado explicitamente por filmes de ficção científica e de horror-b, dirigido em 1975 por Jim Sherman; e conta basicamente a história absurda de um casal recém-casado que em meio a uma tempestade busca refúgio no mausoléu do doutor Frank N’ Furter, um travesti com um plano ousado e depravado de criar o mais perfeito humano aos moldes de Charles Atlas – o Rocky do título.
Bem polêmico, o filme foi mal recebido na época de seu lançamento, tendo sua temática homossexual ofuscando as qualidades criativas da obra. Demorou, no entanto Rocky Horror Picture Show começou a ganhar certa notoriedade a partir de “midnight sessions” em 1977. Hoje, “Rocky” tem o recorde do filme que ficou mais tempo em cartaz – sendo ainda assistido por multidões que participam das sessões lotadas em plena meia-noite para cantar “Time Warp”.
E o episódio de Glee…
Qual o diagnóstico Dr. Scott?
Bem, antes do diagnóstico do Dr. Scott – que por sinal é tio de Eddie – que é namorado da tapdancer Columbia e que teve parte do seu cérebro removida para o Rocky e acabou morrendo e virando a janta da cena em que…ESQUECE!!! Rocky Horror não é racionalizável, é non-sense por natureza e parte da diversão é enaltecida pelo próprio fato da película ser auto-satírica.
O seriado se absteve dos detalhes da trama, focando nos atos musicais. Se o público aprovou esta versão? O fato do seriado ter marcado ontem na audiência 11 milhões de espectadores adultos é extraordinário – mais do que a média de audiência de seriados carros-chefe da emissora como “House M.D” (FOX)-, o que por si só já valida o quão ávida a expectativa que a homenagem de “Rocky Horror” fomentou.
Em relação ao plot do seriado, o mesmo foi somente uma desculpa para re-encenar alguns dos números musicais mais icônicos do filme. Na história de Rocky Horror Glee Show (próprio nome do episódio), para surpreender e se aproximar da amada e compromissada Emma, o produtor do grupo musical Glee, Will, resolve propor que a turma reproduza o tal musical, sabendo do fanatismo de Emma pelas sessões noturnas de Rocky Horror.
As mais conhecidas músicas são de fato encenadas pelo vasto grupo que compõe Glee. O grande defeito consistiu na escolha de uma mulher para interpretar o favorito “travesti da transsexual Transylvania” – Dr. Frank n’ Furter, uma escolha mais segura para a televisão aberta, sem dúvida, mas que infelizmente enfraqueceu os números nos quais a personagem gorducha Mercedes Jones esteve presente. Todavia Mercedes conseguiu o papel de transsexual, mesmo à controvérsias do grupo, ao mostrar sua auto-confiança devido a canção do filme que ela cita com convicção: “Dont dream it, be it” (Não sonhe, seja) – a intertextualidade foi muito bem empregada.
Concluindo, apesar de umas mal-sucedidas encenações como a de “Time Warp” (que revela-se um grande anti-clímax) o seriado merece notoriedade pela criatividade de inserir e homenagear o filme peculiar que é Rocky Horror. Além disso, algumas sequências ganharam muito vigor devido as ótimas performances memoráveis como esta genial interpretação de Janet pela personagem Emma (Jayma Mays) cantando “Touch-A, Touch-A, Touch Me (interpretada originalmente no filme por Susan Sarandon)”:
***Confira o vídeo antes que tirem do ar e porque deu muito trabalho para fazer o upload rs!
ou baixe o clipe através do link:
hali, nao esquece de mudar a fonte pra mim por favor!!!
Valeu pelo post!!
Muito bom o episódio! Eu achei especialmente bom em não focarem tanto em um remake em si, o que ficaria irremediavelmente ruim, mas em ser apenas uma homenagem de fãs do filme. Gostei muito dos dilemas que criaram e achei até interessante colocarem uma mulher como Frank n’ Furter, pois os homens em si tinham esta dificuldade em se aceitar naquele papel e nos demais do filme, e eu gostei disso. E mais do que tudo gostei quando focoram que fariam RHPS apenas no mesmo espírito dos fãs que vão as salas de cinema cantar e dançar os números pois ali se sentem incluídos e de alguma forma cantar em um coral naquela escola também significava isso. Enfim, achei uma homenagem inteligente e agradável.
Dércio eu vou te matar cara! Eu ia postar exatamente sobre isso! HUAHUAHAUHA, por sua culpa meu primeiro post vai ser sobre Ninotchka. Vou publicar amanhã.
Mas curti seu texto, já sabe que eu e minha mãe amamos Rocky Horror Picture Show né!?! Só temo (muito) o possível remake. Já sinto raiva antes da confirmação.
Abraços
nossa nem fale tule, ja to até imaginando o Jack Black interpretando o Meat Loaf, o Michael Caine fazendo o Dr. Scott, ja ta me dando raiva antes de escalarem o elenco haha,vao estragar o maior classico. Ainda lembro da sua mãe imitando o gesto da Magenta hahahah
Ah Ule! Poste logo através do DeWinter para a Hali dar seu nome de usuário e tudo mais aí voce nao precisa se esconder sob este pseudonimo hehe
GEntsss, o seu video foi bloqueado por copyrights! 😦
ja fiz um re-upload cley! serio, como q acharam tao rapido, eu cheguei ate a colocar TAGS nada a v so pra despistar
Eita, também tinha pensado em dar pitaco sobre o Rocky Horror, mas sou obrigada a me curvar em deferência ao seu post inspirador.
haha mas simone, aqui qto mais Rocky Horror melhor. O objetivo é juntar o maior numero de fãs para fazer nossa propria sessao da meia noite com todos fantasiados rss